segunda-feira, 22 de março de 2010

Relatório da Reunião do GT OMMM , 04/03/09.

A reunião ocorreu na sala 21 do prédio de História e Geografia contando com a presença dos seguintes pesquisadores: Gabriel Mathias Soares, Karin Fusaro, Cila Lima, Natalia Nahas Carneiro Maia, Carolina de Sá Ribeiro .

Texto discutido: Ian Buruma sobre Tariq Ramadan: Tariq Ramadan Has an
Identity Issue” no New York Times de 4-2-2007.

Filme discutido: Debate entre Tariq Ramadan e Ayaan Hirsi Ali sobre islã e islamofobia.
http://www.tariqramadan.com/spip.php?page=multimediaen

Apresentações: Natalia Nahas Carneiro Maia sobre Tariq Ramadan e Carolina de Sá Ribeiro sobre o debate entre Tariq Ramadan e Ayaan Hirsi Ali.

Principais pontos de discussão: Sobre Tariq Ramadan destacou-se e discutiu-se sua ambigüidade como intelectual muçulmano radicado na Suíça que aceita as instituições e a cultura europeu e ao mesmo tempo afirma-se como defensor do islã e como muçulmano praticante. Para Ramadan o ponto central seria a necessidade dos muçulmanos europeus deixarem de pensar como minorias e lutarem por uma cidadania plena. Esta aproximação do mundo muçulmano com a cultura européia para Ramadan seria natural numa leitura universalista do que é o islã .
Sobre o debate entre Ramadan e a ex-muçulmana holandesa de origem somaliana Ali destacaram-se as diferentes abordagens sobre o islã. Por um lado Ali olhando para o islã de fora teria uma leitura pessimista destacando as perdas dos direitos individuais. Já Ramadan olhando como muçulmano e europeu destacaria a necessidade (e seu papel neste processo) de mudar as mentalidades dentro do islã. Fazendo esta ponte entre o tradicionalismo muçulmano e a cultura européia , Ramadan acredita que é possível uma integração do islã a cultura européia.
Um outro ponto discutido a partir do debate foi a relação entre o Estado e a Religião debatendo como o islã se assemelha ou se diferencia de outras religiões neste ponto. Esta discussão também nos levou ao debate sobre o conflito entre direitos individuais e ideologias coletivistas. Até que ponto o estado secular responde as certas necessidades das pessoas e até que ponto um estado mais fundamentalista responde a outras necessidades individuais. Este debate não foi esgotado e servirá de ligação para o que foi proposto para a próxima reunião do GT:
PAUTA PARA A REUNIÃO DE 8-4
- Como a Europa olha para o islã? Com esta pergunta em pauta iremos retomar o tema da islamofobia discutindo as reações sociais , culturais e políticas da Europa em relação ao avanço do islã. Os seguintes pesquisadores se comprometerem a fazer apresentações de textos na próxima reunião: Karin Fusaro e Cláudia Crescente.

TEXTOS INDICADOS SEGUIRÃO NOS PRÓXIMOS DIAS

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