quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Novo Blog do GT OMMM

Caros Colegas

Todas as atividades do GT a partir de 2011 serão noticias e estarão disponíveis num novo Blog, no endereço: http://gtorientemedio.blogspot.com/

Este blog não sera mais atualizado e ficara como referencia para as atividades do GT em 2010.

A todos que nos acompanham até aqui nosso muito obrigado.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Súmario das atividades do GT em 2010

04/março – Reunião
Proposta: Discutir os Vídeos:

Debate entre Tariq Ramadan e Ayaan Hirsi Ali ( 25 min) sobre isla e islamofobia . Disponível em : http://www.tariqramadan.com/spip.php?page=multimediaen

Fitna, produzido por Geert Wilders, exemplo de islamofobia. Disponível em:
http://www.themoviefitna.com/?page_id=47
http://www.liveleak.com/view?i=216_1207467783

08/abril – Reunião
Texto discutido:
Walter Laqueur, “The Origins of Fascism: Islamic Fascism, Islamophobia, Antisemitism” Disponivel em:
http://www.laqueur.net/index2.php?r=2&rr=4&id=49

27 de abril, - Palestra

Local: Auditório da ECA / USP
Tema: Intolerância no Oriente Médio
Palestrantes: Flavio Azm Rassekh, Ania Cavalcante e Peter Demant.
Mediação : Ariel Finguerut

06 de maio- Reunião
Textos discutidos:

Ibn Warraq, Why I am not a Muslim. New York: Prometheus, 2003 (1995,1st).pag.86-103,(Ch.4:“Muhammad and his message”). Robert Spencer, The Politically Incorrect Guide to Islam and the Crusades. Washington, D.C.: Regnery, 2005.
pp. 19-63 (cap.. 2: The Qur’an: Book of War, 3: Islam: Religion of War, e 4 Islam: Religion of Intolerance”) e pp. 221-231(Ch. 18: “The Crusade we must fight today”).

10 de junho – Reunião

Texto discutido:
Oriana Fallaci, “Rage and Pride“ Disponível em: http://digilander.libero.it/september11/Oriana%20Fallaci.htm

20 de julho - Visita a Mesquita Brasil - Sociedade Beneficente Muçulmana do Brasil.

05 de agosto – Reunião
Texto discutido: Abdelwahab Bouhdiba, A Sexualidade no Islã, Cap. 4 – A Fronteira dos Sexos e a conclusão

19 de agosto – Reunião
Texto discutido: MERNISSI, Fátima. Beyond the Veil: Male-Female Dynamics in Modern Muslim Society. Indiana Press, 1987.

16 de setembro – Filme : This is Not Iran
Debate com o cineasta Flavio Azm Rassekh

22 de setembro - Palestra com o pesquisador alemão René Wildangel

28 de outubro – Reunião

Textos discutidos: A Mulher no Islã ; O Islã é...; “Breve Guia Ilustrado para Compreender o Islã”
Autores: Pete Seda, Abdel Azim e I.A Ibrahim

11 de novembro – Reunião
Textos discutidos:

WATSON, Helen. “Women and the veil: personal responses to global process”. In: AHMED, Akbar and DONNAN, Hastings. Islam, globalization and post modernity. London and NY: Routledge, 1994. E WEISS, Anita M. Challenges for Muslim women in a postmodern world. In: AHMED, Akbar S & DONAN, Hastings (ed.) Islam, Globalization and Postmodernity. London: Routledge, 1994. P. 127-140


16 de novembro – Palestra

Tema : A invasão israelense e a(s) guerra(s) do Líbano: geoestratégias em confronto (1982-87)
Local: Anfiteatro da Historia da USP.
Palestrante: Ramez Philippe Maalouf
Comentador : Peter Demant
Mediação: Carolina A. de S. Ribeiro


23 de novembro – Palestra

Tema: Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos no Irã
Local: Auditório da ECA
Palestrante: Roxana Saberi
Mediação: Ariel Finguerut

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

terça-feira, 30 de novembro de 2010

I Seminario Temático do GT : Adiado!

Caros Colegas


Nosso seminario tematico , inicialmente previsto para o dia 09 de dezembro sera adiado para o primeiro semestre de 2011 na expectativa de conseguirmos mais recursos e mobilizar mais pessoas.

Muito obrigado,

domingo, 28 de novembro de 2010

Relatório da Reunião do GT do dia 11 de novembro.

Texto: WATSON, Helen. “Women and the veil: personal responses to global process”. In: AHMED, Akbar and DONNAN, Hastings. Islam, globalization and post modernity. London and NY: Routledge, 1994.

Resumo ( por Cila Lima)

Para Helen Watson, usar o termo ‘véu’ como generalização é um exercício de “reducionismo enganoso”, pois há diversos estilos de vestimentas femininas, por exemplo, podem-se encontrar os uniformes “capas pretas” usados por mulheres na pós-revolução do Irã, os exclusivos “modelos de lenços” de mulheres da aristocracia egípcia ou lenços brilhantes e coloridos de garotas camponesas turcas, e tantos outros.
Os motivos de “unidade e diversidade” do uso do véu, segundo a autora, podem ser resumidos em: a) variações locais do Islã; e, b) princípios e práticas universais que podem ser usadas para enfocar a questão de hijab (modéstia religiosa) e “velamento”. O aspecto universal de cada um desses estilos de se vestir origina-se em objetivos formais simbólicos e práticas de hijab para preservar a modéstia e omitir a vergonha da nudez.
A autora faz uma distinção não muito clara entre concepções sobre o uso do véu por autores não-muçulmanos e autores muçulmanos, segundo ela, os primeiros comumente consideram esta vestimenta como opressiva e objeto de exclusão das mulheres e o segundo, ao contrário, vêem este objeto (traje) como libertador da mulher com vantagens estratégicas de “anonimato público” (p. 141). Porém, essa separação feita por Watson, parece poder ser menos rígida, é possível listar alguns nomes de autores muçulmanos que consideram o véu como símbolo de opressão e exclusão das mulheres, por exemplo, as autoras Fatima Mernissi, socióloga feminista marroquina e Nawal al-Saadawi, feminista, médica egípcia.
Para Helen Watson o potencial dialético entre o “constrangimento” e “liberalização” pelo véu é a mais complexa dimensão prática e simbólica (p. 142). Para ela o debate sobre o véu é parte integral das discussões da pós-modernidade invocando temas pós-modernos, como estilos, iconografia, consumismo, assuntos de poder e representação.
A intenção da autora neste artigo é considerar o véu como um processo global e interpretar esse processo à luz de respostas individuais subjetivas, para isso ela examina como o hijab é percebido e experenciado no plano local através de entrevistas a três mulheres: uma garota universitária nascida e residente na Inglaterra, uma operária de meia idade nascida e residente na Argélia, que viveu na França por 10 anos e uma senhora comerciante de vegetais no Egito (p. 142/148-151)
A extensão das atitudes representadas pelo contar dessas mulheres sobre o significado do véu sugere que, segundo Watson, “não há uma única postura islâmica com relação ao hijab”. É percebido como sendo um assunto de escolha pessoal, um caminho de fazer uma afirmação sobre uma posição social e algumas vezes uma obrigação religiosa e um estilo tradicional de vestir-se (p. 143). (a autora aqui desconsidera o caráter de gênero no uso véu, embora ao longo do artigo ela resgate esse caráter).
Watson ressalta que no plano geral é importante reconhecer os significados das roupas e o papel da moda como um indicador de status social e identidade individual; reconhecer também o significado das dimensões pessoais e políticas de hijab como uma forma social requerida (desejável) de vestir-se e pessoalmente como um artigo escolhido de roupa; e, reconhecer também o significado do véu com o enfoque nos dois ângulos inter-relacionados: o religioso escritural e o sócio-cultural (p. 142-143).
Com o objetivo de direcionar princípios universais de hijab e as bases fundamentais dos debates sobre a natureza do hijab, a autora examina alguns conceitos de vestir-se com modéstia estabelecida no Alcorão, cujo conceito de modéstia (sitr al-’aura) significa literalmente cobrir-se a nudez (p. 143).
Há no Alcorão instruções específicas para as mulheres no verso 24; 30-1: baixar o olhar, ser modesta, cobrir o dorso e os peitos, mostrando seus adornos somente para seu marido e pai (p. 143).
No Islã, segundo a autora, há categorias fundamentais para regular a relação entre homens e mulheres, são “o estado desejável” (nikah – também traduzido como casamento) e o “estado proibido” (zina – a relação ilícita) (p.143). Essas categorias são válidas para homens e mulheres, porém, ressalta a autora, tem sido dado maior focus ao que se pensa ser os perigos que a sexualidade das mulheres põe na ordem social (p. 144), pois os juristas muçulmanos consideraram que as mulheres são as maiores fontes de fitna (desordem social) (p.144).
Há em geral consenso de que haja partes do corpo que devem ser cobertas para evitar a vergonha e obter-se modéstia, no entanto, para as mulheres tem sido prescrito cobrir o corpo inteiro com exceção da face, das palmas das mãos e das solas dos pés (p. 144).
As referências alcorânicas ao vestir, à modéstia e à nudez necessitam, para Watson, serem examinadas em cronologia e contexto textual. Para isso, ela elenca algumas passagens resumidas aqui: 1) Sura al-a’raf 7; 22, a perda da inocência de Adão e Eva com o reconhecimento de sua vergonha e nudez. Para a autora o ponto chave dessa Sura é que ela distingue entre o conceito de vergonha e de nudez e o conceito de um estado de piedade alcançado através da fé. Cobrir a nudez não é necessariamente uma atitude de piedade, pois o conceito de piedade só se realiza através da fé (p.144);
2) Sura an-nur 24; 31 e 24; 60 homens e mulheres são igualmente ordenados a preservar a modéstia, mas há referência particular a vestimenta feminina, por exemplo, as mulheres mais velhas (solteiras ou viúvas) que não consideram mais a possibilidade de se casarem estão livres do uso do véu ou capas (p.144);
3) Sura al-ahzab 33; 53 e 33; 59, o véu é também representado como um signo de identidade e uma segurança contra as mulheres serem molestadas (p. 144-145).
4) As referências alcorânicas do vestir e modéstia também se voltam para os domínios públicos e privados, Sura 24; 31, o Alcorão instrui as mulheres a cobrir seu dorso e peitos com véu na presença de estranhos, não parentes, nos interiores dos espaços domésticos e na Sura 33;59 quando é prescrito às mulheres para se cobrirem quando deixam suas casas.
A autora ressalta que os pontos de inter-relação entre a segunda e a terceira Sura referidas aqui é o requerimento social da modéstia feminina, dado ao que se entende por perigo da sexualidade feminina e o estrito controle sobre as vestimentas femininas requeridas para os espaços públicos mais do que para os contextos privados ou domésticos (p. 145).
Há três distintas formas de vestir-se islâmico, segundo Watson: 1) distinguir-se da “natureza animal” e alcançar uma “sociedade humana civilizada” tapando a nudez; 2) “roupas finas” indicando status individual, riqueza e gosto pessoal; e, 3) o mais simbólico, a “túnica da piedade” sinalizando a inclinação religiosa (p. 145).
A interpretação metafórica pode ver a “túnica da piedade” como sendo um “estado de ser piedoso” que não é simplesmente realizado por uma forma específica de vestir. Vestir-se por si só não deve ser considerado como indicador de modéstia. Há instruções no Alcorão (7; 31) para isso “veste-se bem quando participa de sua mesquita” (p. 145).
Em fim, para entender como o véu é praticado, entendido e experenciado em qualquer contexto sócio-cultural e político é necessário, para autora, tentar relacionar os ideais islâmicos e as prescrições alcorânicas com as visões “nativas” de hijab e véu (p. 146).
Então o aparente paradoxo do retorno ao hijab entre as mulheres nos mundos públicos do emprego e da educação não é “anti-feminista”, mas um “feminismo ao reverso”, com sua conotação moral e política (p.151). Essa afirmação da autora pode ser também relativizada, pois há uma grande parte de mulheres que usam véu, algumas delas podendo ser chamadas de islamistas, que são absolutamente anti-feministas e há mulheres com véus que hoje se intitulam feministas islâmicas.
Para a autora, o entrelaçar dos conceitos secular e sagrado, representados por adoção do véu, também pode ser visto como uma reação contra o feminismo ocidental e ser parte de uma forma islâmica “autêntica/nativa” de protestos contra o poder e a dominação masculina nas esferas públicas (p.146).
A escolha pelo véu pode ser vista sob distintas interpretações, segundo a autora (p. 156):
a) como um caso clássico de “falsa consciência” e de reprodução ativa de sua própria dominação;
b) como uma conseqüência do empobrecimento da população associado ao processo social de secularização;
c) como um reflexo do sistema islâmico de subordinação da mulher;
d) como fazendo parte de tendências globais de reação contra as transformações consideradas caóticas e desafiadoras;
e) ou como parte de uma luta política e pessoal contra o status quo, tanto quanto como uma luta simbólica para melhorar as condições de existência.

Texto: WEISS, Anita M. Challenges for Muslim women in a postmodern world. In: AHMED, Akbar S & DONAN, Hastings (ed.) Islam, Globalization and Postmodernity. London: Routledge, 1994. P. 127-140

Por Gabriel M. Soares

Ao entrar no século 21, as sociedades muçulmanas estão enfrentando enormes dilemas culturais enquanto repensam, renegociam e, em alguns casos, reinventam a sociedade tradicional com tons modernos. O lugar da mulher neste processo é crucial, já que a ordem social muçulmana gira em torno de noções como respeito e honra, nas quais as ações das mulheres são centrais. As noções conflitantes sobre o lugar da mulher na nova ordem social estão trazendo conseqüências profundas para esfera social, política e econômica.
As restrições a mulheres, tanto físicas, quanto simbólicas, estão diminuindo letamente, embora de modo perceptível. Em alguns lugares estas mudanças são bruscas, em outros, são fruto de um processo gradual advindo tanto de necessidades de subsistência quanto pelas influências culturais externas.
Os pontos de partida da organização social das sociedades ocidentais e muçulmanas tradicionalmente são muito diferentes. Enquanto a primeira vê a função do estado mais como fruto da necessidade de se garantir estabilidade através do monopólio da violência, no pensamento social muçulmano, o estado existe para um propósito: criar um ambiente onde os muçulmanos possam praticar livremente sua religião. Entretanto, a influência de normas culturais externas está provocando ajustes destes valores muçulmanos.
As telecomunicações e a divisão de trabalho internacional estão mudando o mundo muçulmano de modo jamais precedido. Contatos anteriores não tiveram tanto impacto na esfera privada. Agora, a globalização integrou regiões distantes de tal forma que mesmo partes remotas do mundo se vêem pertencendo a uma única comunidade global. Esta chamada ‘supercultura’, que é vista por muitos no mundo como desejável, tem por base aspirações de consumo em comum, tanto de bens materiais quanto simbólicos.
Entretanto, esta “supercultura”, para alguns a “coca-colonização” do mundo, tem ensejado conflitos com outras culturas. Nas sociedades muçulmanas contemporâneas, este conflito se manifesta através de demandas por reformas educacionais em moldes ocidentais, por democracia participativa e justiça social em convívio com valores muçulmanos tradicionais em relação às relações de gênero e a jurisprudência. Isto relação é complicado pelos valores e concepções das culturais locais. A perpetuação dessas culturas locais impediu o surgimento de uma sociedade muçulmana monolítica e também limita o que pode ser dito sobre a existência, no presente ou no futuro, de uma sociedade muçulmana pós-moderna monolítica.
As relações de gênero na maior parte das sociedades muçulmanas têm partilhado algumas questões em comum. Uma delas é a necessidade em muitas áreas, de que a mulher complemente a renda com um trabalho remunerado. Outra é o aumento no índice de alfabetização tanto de homens quanto de mulheres. Além dessas questões, há também preocupações quanto ao controle populacional e a consciência dos efeitos de altas taxas de fertilidades sobre metas políticas nacionais. Programas de planejamento familiar, entretanto, freqüentemente entram em choque com as normas tradicionais prevalecentes. Por outro lado, o sucesso de tais programas em determinados lugares tem alterado a percepção do papel da mulher nessas sociedades.
Já a expansão de redes midiáticas globais tem permitido a mulher uma independência do homem para aquisição de informação, possível através desses meios diretamente do ambiente doméstico, especialmente em locais com baixo índice de alfabetização de mulheres. Em alguns lugares há também que buscam incorporar a mulher em seus projetos de desenvolvimento.
As demarcações das obrigações sociais de homens e mulheres para com suas famílias estão passando por alterações, principalmente pelo fato de mulheres incorporarem crescentemente para si essas obrigações tradicionalmente masculinas. Conseqüentemente, todas essas questões sobre fortalecimento de um gênero se associam intimamente ao uso ou não-uso do véu e a mudanças na mobilidade feminina.
Os detalhes das mudanças em curso podem variar de lugar para lugar, porém existem resultados comuns que estão mudando a percepção das pessoas e, em última instância, contribuindo para mudança social significativa no mundo muçulmano.
O caso das mulheres da cidade murada de Lahore é representativo de várias mudanças. Trata-se de uma sociedade tradicional, constituída de trabalhadores pobres (mercadores, artesãos, etc.), onde a maioria das famílias vive em residências de um ou dois cômodos, mas com uma densidade sete vezes maior que a das áreas metropolitanas de Lahore. A separação entre homens e mulheres (purdah) da tem sido um elemento essencial da vida cotidiana. A interação de mulheres com homens tende a se restringir aos membros mais próximos da família e se caracteriza por uma relação de servidão: limpar a casa, cozinhar, cuidar dos filhos, etc. Também está associada a ela a manutenção de relações sociais que estão ligadas ao casamento, nascimento, morte, e outros ritos identificados com o que o Islã considera pertinente a mulher. Homens não discutem nem com os amigos mais próximos questões de natureza pessoas associadas às mulheres de sua família.
A divisão de trabalho por gênero dentro da família decorre de uma combinação de questões econômicas e de status. A autoridade do homem pode não ser completa em decisões de economia doméstica, porém o é em termos das ações e da mobilidade das mulheres, visto que a mulher é considerada o repositório da respeitabilidade da família. Assim, a violação de uma norma social por um homem tende a ser vista de modo muito menos calamitoso do quando isto é feito por uma mulher. As meninas tendem a ser colocadas em reclusão a partir da puberdade, enquanto os meninos podem continuar vagando livremente.
Essas normas tradicionais estão passando por alterações substanciais principalmente ligadas ao acesso ao ensino e a incorporação de mulheres ao mercado de trabalho. As expectativas das mulheres das novas gerações têm refletido esta mudança, sendo que de modo crescente, muitas desejam ter sua própria renda, escolher seu marido e ter famílias menores. Isto tem levado a uma renegociação dos papéis tradicionais, tendo encontrado resistência por parte de muitos homens da classe trabalhadora. Já a elite, tanto homens quanto mulheres, tende a estar mais integrada a esses valores ligados a modernização.
As reações a estas mudanças têm muitas vezes as limitado, mas de um modo diferente. Enquanto as barreiras familiares para mobilidade da família têm sido erguidas, fora deste ambiente tem aumentado a violência contra as mulheres, ameaçando esta mobilidade. Algumas mudanças também estão relacionadas à insegurança em relação ao cumprimento do homem de seu papel familiar, como quando alguns homens emigram e abandonam suas famílias.
Todas essas mudanças nas relações de gênero, que quebram o contrato social tal qual estabelecido na jurisprudência islâmica, têm resultado em vários desafios e em confusão social. Confrontar estes problemas e reconhecer o aumento de poder das mulheres pode vir a fortalecer uma ordem social muçulmana rejuvenescida

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Palestra com Roxana Saberi Confirmada !


Será no dia 23 de novembro , terça feira, as 19h:30 min.

Local: Auditorio Freitas Nobre na ECA ( Bloco A )

Endereço: Av. Prof. Lúcio Martins Rodrigues, 443.